domingo, 15 de junho de 2008

Religião é a cocaína do povo


Nas décadas de 70 e 60. Os Beatles e os Rolling Stones reinavam na música. Discutia-se o existencialismo de Sartre nos barzinhos de Ipanema. As mulheres se libertavam lendo Simone de Beauvoir. Che Guevara inspirava os ideais revolucionários dos latino-americanos. As drogas se tornaram uma obsessão mundial. Muitos jovens caminhavam pelas trilhas que começavam em Amsterdã, seguiam pelo Afeganistão e chegavam à Índia em busca de haxixe. A maconha deixou de ser consumida no submundo da marginalidade e dominou as universidades das Américas. Tomavam-se doses mínimas de LSD para viajar por horas no mundo alucinógeno. Os picos de heroína nas veias abreviavam a vida de milhares.

Os tempos mudaram. A rebeldia dos jovens aquietou-se, os heróis comunistas ruíram, o consumismo substituiu as antigas aspirações revolucionárias e a “techno music” substituiu o rock. Aquelas drogas que entorpeciam e deixavam seus usuários num estado zen, foram suplantadas por outras que ativam, energizam e potencializam. Substituíram-se os tóxicos que causavam torpor por outros que davam uma sensação de poder e de autonomia. Assim, hoje quase não se fala mais em heroína ou LSD. As drogas da moda são a cocaína e sua versão mais barata, o crack. E cresce a busca pelas sintéticas, como o ecstasy, que prometem um melhor desempenho, inclusive sexual.

A religião também mudou muito. Naqueles anos, predominava entre os jovens o conceito que a religião servia os interesses das elites, pacificando os oprimidos. Os debates reforçavam o pensamento de Karl Marx que em 1844 afirmou: “O sofrimento religioso é, a um único e mesmo tempo, a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real”. Marx acreditava que “a religião é o único suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas”. Meus contemporâneos repetiram sua conclusão: “A religião é o ópio do povo”.

Marx não afirmava que a religião é um narcótico qualquer. Ele a identificava com um entorpecente poderosíssimo de seus dias: o ópio. As condições sociais perversas da Europa no século XIX condenavam os trabalhadores a pouco mais que escravos. Marx entendia que as mesmas condições também produziram uma religião que prometia um mundo melhor só para a próxima vida. Assim, tanto ele como seus seguidores difundiram que a religião não é apenas uma ilusão, mas cumpre a função social: de distrair os oprimidos. Por isso, afirmava que a religião é um narcótico que não apenas alivia a dor do trabalhador, como lhe embriaga, roubando o seu poder de transformar sua realidade. Para ele, a esperança religiosa era um ópio que prometia felicidade no porvir, adiando o furor revolucionário. O pior é que ele tinha razão em suas análises. A igreja de seus dias realmente estava decadente e, aliada à aristocracia, desempenhava exatamente esse papel anestesiante.

Porém, com a pós-modernidade, a religião já não cumpre essa tarefa entorpecente. No ocidente, a proposta religiosa vem crescentemente se tornando mais parecida com um outro tóxico: a cocaína. O neo-liberalismo, pai deste materialismo consumista tão bem representado no fascínio pelos shoppings e pelas grifes, já entorpece como o ópio. Por outro lado, a religião de hoje procura excitar e produzir sensações de poder parecidas com a da cocaína.

As igrejas neopentecostais se multiplicam prometendo que as pessoas têm o direito de ser felizes aqui e agora. Repetem exaustivamente que ninguém precisa transferir para a eternidade o que pode ser reivindicado já. Insistem na promessa feita a Israel de que o fiel é “cabeça e não cauda”. E assim o crente que freqüenta os cultos da prosperidade, recebe semanalmente uma injeção de cocaína espiritual no sangue, fazendo que se sinta o dono do mundo. Nem que seja por apenas alguns minutos de culto, sonha com tudo o que os seus olhos gulosos viram as empresas de marketing anunciar na televisão.

As igrejas se transformam em ilhas da fantasia capitalista. Empresários falidos, artistas em fim de carreira, jogadores de futebol mal-sucedidos, empregados sem qualificação, correm para as infindáveis campanhas em busca de reverter a pretensa “maldição” que paira sobre suas vidas. E, depois de espoliados, são devolvidos à dura realidade da vida, obrigados a encarar a rebordosa da segunda-feira. Dependurados nos trens suburbanos ou numa fila burocrática sofrem triste e deprimidos como os foliões do carnaval que voltam para seu destino na madrugada da quarta-feira de cinza. Enfrentam sozinhos a dura realidade de que não são reis ou rainhas, apenas sub-empregados; obrigados a viverem com um salário miserável.
A própria definição do que é fé vem sofrendo enormes mudanças. Antigamente entendia-se fé como uma adesão a um conceito teológico ou mesmo como uma habilidade sensitiva de perceber o mundo espiritual. Pessoas de fé discerniam as ações de Deus e do mundo espiritual com maior acuidade. Eram pessoas que confiavam no caráter de Deus, mesmo sem evidências que comprovassem sua palavra. Hoje se entende fé como uma mera capacidade de instrumentalizar os poderes de Deus egoisticamente. Por isso, fé e cocaína se parecem muito; dão uma falsa sensação de poder e geram pessoas artificialmente soberbas. Mas a ressaca tanto da cocaína como da fé pós-moderna é horrível, pois vem sempre acompanhada de depressão e desengano.

O tóxico religioso de hoje é sempre estimulante. Por isso os novos mercadejadores da fé precisaram redefinir, inclusive, a pessoa de Deus. A divindade pós-moderna só existe para servir os caprichos das pessoas. Os cultos se transformaram em centros de aperfeiçoamento e aprimoramento humano. As igrejas deixaram de ser espaços para se cultuar a divindade, especializaram-se em ensinar como manipular Deus. As liturgias espiritualizam as técnicas mais populares de como “liberar o poder de Deus”, “afastar encostos”, “tomar posse dos direitos”, “conquistar gigantes”. As pessoas se aproximam de Deus cheias de direitos, vontades, acreditando que são o centro do universo e que tudo e todos lhes devem obrigações. Perde-se o estado de “maravilhamento”, reverência e submissão ao Eterno.

Assim o propósito de toda atividade religiosa é homocêntrica, nunca teocêntrica. As igrejas acabam se transformando em balcões de serviços religiosos e a relação do pastor com os fiéis é a mesma do empresário com o cliente. Redobram-se os esforços de oferecer uma maior gama de atividades que agradem os clientes que se tornaram ferozes consumidores religiosos e com um nível de exigência tremenda.

Acredito que a genuína mensagem do evangelho não pode ser comparada ao ópio como fez Marx e nem à cocaína, como fazem os pregadores da religiosidade pós-moderna.

Jesus Cristo não prometeu um celeste porvir que anestesiava. Seus discípulos foram convocados a serem o sal da terra, levedarem a massa, enfrentarem os reis poderosos, transformarem a realidade aqui e agora. Antes que se levante o sol da justiça e que o Senhor volte trazendo salvação sob suas asas, Ele comissionou sua igreja a enfrentar as estruturas humanas que produzem a morte e declarar guerra ao próprio inferno. Tampouco, prometeu que nos tornaríamos os donos do mundo, ricos e prósperos. Fomos chamados para encarnarmos o mesmo sentimento que houve em Cristo, que sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas tomou a forma de servo, humilhando-se até a morte e morte de cruz.

O culto não deveria ser diminuído e se transformar em um centro de auto-ajuda. Não precisamos aprender técnicas que nos ajudem a obter o favor de Deus. Precisamos sim aprender celebrar o seu grande amor de Pai que nos quer bem, apesar de nossa própria pequenez.

Acredito que Marx estava certo quando denunciou o que acontecia com a igreja que se colocava a serviço das aristocracias. Aquela religião adoecida e morta realmente merecia a pecha de ópio do povo. Os líderes religiosos que comiam nas mesas dos poderosos e que desdenhavam da sorte dos miseráveis realmente buscavam entorpecer o povo.

O que se oferece de muitos púlpitos pós-modernos não é o Evangelho de Jesus de Nazaré, mas mera cocaína religiosa. Seremos obrigados a concordar com algum outro filósofo ateu afirmar que essa religião pragmática que se espalha no ocidente combina com o narcótico da moda .

Já se ouve o murmúrio das pedras. Urge que os profetas comecem a falar.

Soli Deo Gloria.

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sábado, 14 de junho de 2008

Bem Aventurados os que tem sede de justiça !!!


A igreja evangélica brasileira precisa urgentemente incorporar pelo menos três posturas: Não ver conflito entre crer e pensar; Refletir antes de agir; agir sem imediatismo. As escrituras chegaram até nós depois de vencerem tremendos desafios teológicos, filosóficos e ideológicos. Toma-lás supersticiosamente nega séculos da sua sobrevivência heróica. Paulo admoestou seu discípulo Timóteo: "Até minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino"(1 Tm 4.13); " procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 3.15). A Tito ensinou: " No ensino, mostra integridade, reverência" (Tt 2.7). Não devemos ter medo de crer e pensar. Jesus é a verdade. A verdade não tem medo de questionamentos. Ela não teme ser exposta. Quem precisa mascarar o que afirma é porque teme a luz. Pensemos sem medo nossos métodos, critiquemos abertamente nossas estruturas e sejamos fracos quando erramos. Jesus sugeriu a prudência das serpentes aos seus discípulos ( Mt 10.16) Porque conhecia a impulsividade da natureza humana. Trata-se de uma cautela que nasça de reflexão séria e planejamento responsável. A igreja evangélica não precisa repetir erros que já foram superados. A história também não precisa ser repetida.
Devemos ter o cuidado de não olhar somente o que acontece dominicalmente em nossos templos e reuniões em geral, mas principalmente o testemunho que espalhamos pela sociedade. A ordem bíblica é que sejamos como astros e luzeiros no meio de uma geração corrompida e perversa. Não custa lembrar: " QUEM CRÊ NÃO SE APRESSA" ( Is 28.16)

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terça-feira, 10 de junho de 2008

O silêncio dos inocentes.
Ricardo Gondim.

O metrô sacudia nossos corpos de um lado para outro como se programado para aquele ritmo. O barulho das rodas, nos trilhos, obedecia uma métrica quase musical. Vendo as pessoas bailando no vai e vem contínuo, inquietei-me com o silêncio humano.

Ninguém falava, ninguém ria, ninguém conversava. Procurei convencer-me que uma fadiga os entorpecia. Mas seria a desesperança?

Antigamente as filas dos bancos, das repartições públicas, dos guichês para compra de qualquer bilhete, se transformavam em fóruns de cidadania. Repetiam-se frases do tipo: “Por isso é que o Brasil não vai pra frente!”; “Que absurdo!”; “Até quando vamos agüentar calados?”; “Temos que fazer alguma coisa!”.

Em um processo lento, não de repente, como queria o poeta, calou-se o tal murmúrio; as pessoas se calam porque chegam à conclusão que falar não revolve nada - gasta-se energia para protestar e economizar-se é um recurso de sobrevivência. Instintivamente, sabem reservar seus gritos para um tempo quando houver possibilidade de esperança.

O Brasil está se calando. E o silêncio vem da centenária percepção de que o grito da maioria nunca foi ouvido pela minoria rica e poderosa. Essa quietude se transforma em depressão coletiva; o povo do tamborim, da cuíca, que bate samba numa caixa de fósforos, espirituoso e brincalhão, perde, infelizmente, seu lado moleque. Como lutadores de boxe cansados, baixam a guarda.

Enfraquecidas as resistências, reina uma estranha bonança e essa calmaria produz o caos social, que tanto mata. Os miseráveis já haviam se calado, agora a classe média também emudece. No Brasil não existem “panelaços”, palanques onde tribunos eloqüentes ficam roucos; são poucas as passeatas reivindicatórias. Sobram marchas (que mais se parecem carnaval fora de época), “showmícios” com sindicatos distribuindo prêmios através de sorteios. Porém, impõe-se o fatalismo perturbador dos pusilânimes.

Espero que, enquanto permanece quieta, “a brava gente brasileira” recobre sua antiga força criativa, restaure resistências e volte ao ringue pela dignidade nacional. Acredito que meu povo, uma dia, deixará de ser ordeiro e pacífico. Um dia acordaremos que essa paz só pertence aos covardes. Os verdadeiramente vivos não se conformam com a serenidade dos cemitérios; eles têm fome e sede de justiça.

- Deus, devolve-nos a indignação dos metrôs,dos ônibus e das filas, e faze-nos renascer para a esperança.

Soli Deo Gloria.


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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Estou Cansado !!!!


Estou cansado !!!!


Estou farto da teologia da prosperidade, não suporto mais ouvir a mensagem do “dinheiro” nas igrejas, desse evangelho barato, sem edificação para minha alma sedenta.

Entristeço-me a cada dia vendo as ovelhas se firmando sob ilusões, e até por que não dizer, servindo e buscando esse deus “mamon”, quero o verdadeiro alimento que só Jesus pode me dar, sem que eu precise comprar, estou cansado de ouvir falar do “demônio gafanhoto” devorando o lar e a vida dos “cristãos”, que evangelho é esse?

Dois pesos duas medidas? Do evangelho do “super homem” (que não adoece, não se cansa, simplesmente imbatível!), mas quando vejo nas filas dos P.A.’s, hospitais, fico indignado com tanto “crente” tentando ser atendido, onde está o “super homem”? “Crentes” endividadas, desempregados, enfermos, sem entender o porque!?

Será o pecado? Será as promessas de homens sem escrúpulos que prometem o que não pode dar e muito menos que a Bíblia não ensina em seu contexto, quanta mistura entre a lei e a graça! Oh! Quanta infantilidade espiritual! Quanto legalismo! Onde esta o verdadeiro amor de Cristo?

Vamos pregar a verdade sem medo! Chega de promessas vãs! Afinal nosso tesouro esta no céu!

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domingo, 1 de junho de 2008

Ame ao próximo como a ti mesmo, palavras de JESUS O MAIOR REVOLUCIONÁRIO QUE JÁ EXISTIU


o que é o amor, se os seres humanos visam somente o próprio bem estar? A conquista infinita de bens materiais? Esquecendo-se de olhar para o mundo la fora e ver quantas pessoas necessitam de um pouco de atencão, um sorriso, uma palavra amiga, um pedaco de pão, um copo de água ou até mesmo um pensamento de bondade. Se assim ocorresse pelo menos de vez em quando, poderíamos dizer que a palavra amor tem seu sentido verdadeiro. Mas infelizmente poucos são oe que assim pensam ou agem, pois o Amor verdadeiro, o Amor Maior so existiu e existe ainda no nosso grande Mestre Jesus!!! sede de justiça.
Muitos homens vieram ao mundo e trouxeram palavras de PAZ , AMOR, RESISTÊNCIA, E POSITIVIDADE, homens como Krishna, BUDA,GANDHI, SALASSIÊ e muitos outros , mas as mais profundas revelações viram do coração de JAH, sairam da boca do messias, e os mais preciosos ensinamentos vieram do messias aquele que é a ROSA DE SARON, o LEÃO DE JUDÁ, NOSSO SENOHR E SALVADOR JESUS !!!!!!

Sede de Justiça - plano de Deus para salvação de muitos !!!!


Só Deus pode criar
Mas você pode valorizar o que Ele criou
Só Deus pode dar a fé
Mas você pode dar o seu testemunho
Só Deus pode dar o amor
Mas você pode ensinar amar
Só Deus pode dar a alegria
Mas você pode sorrir à todos
Só Deus pode dar a força
Mas você pode apoiar à quem desanimou
Só Deus é a luz
Mas você pode fazê-la brilhar aos olhos dos seus irmãos.
Só Deus é o caminho
Mas você pode indicá-lo aos outros
Só Deus é a vida
Mas você pode restituir aos outros o desejo de viver
Só Deus pode fazer milagres
Mas você pode ser aquele que trouxe os cinco pães e os dois peixes !!!!

Pense no que você tem sido útil para o reino !!!!

REUNIÕES DOMINGO 18:30 ... PRATA- CAMPINA GRANDE- Rua melo leitão 208.. PRÓXIMO A PRESBITERIANA CENTRAL !!!!!